Sexta-feita, 11 de abril de 2025. 23h43m.
Noite. Quarto. Som de ônibus passando.
Seres de carne, osso, suor e luz. Olá!
Meses fora, afastado, sem vontade de voltar. Voltei. Nenhuma novidade. A minha infrequência nos espaços que eu mesmo crio é tão grande que nem me atrevo mais a pedir desculpas.
Foi. Já era. Passou. É assim.
E esse texto nem objetivo tem, senão o de fingir a retomada deste espaço e dizer "ei! Tô aqui, viu?! Morri não... Ainda não."
Quero voltar tanto quanto não quero.
Outro dia falei pra uma amiga que eu faço tanta promessa de retorno à escrita só para o caso de eu realmente voltar. É uma corda elástica que estica até quase o limite e me puxa antes de estourar. Migalhas de pão no caminho.
Eu já nem conto mais as palavras como antes. Surgem todas nuas, sujas de sangue e imaturas. Pergunte ao médico se é assim que um bebê deve ser enviado para casa.
Mas, ei! Tô aqui! E eu volto, viu? É uma promessa. Uma longa, tortuosa, frágil e demasiadamente esperançosa. De tão repetida, quase rançosa.
Mas eu volto. Volto, sim.
(Para a amiga que conversei outro dia: você sabe que é você. Obrigado.)
Sábado, 12 de abril de 2025. 00h00m.
Noite. Quarto. Som de ventilador girando.
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